Quando você tem algum tipo de desentendimento com seu namorado, esposo, noivo, amigo, colega, etc, você já espera algum tipo de retaliação.. bicos, chantagem emocional.. normal – todo mundo faz isso.
Só que nessa era pós moderna a coisa ganhou um upgrade. Ningúem mais pára pra conversar, encerram-se relacionamentos por mensagens virtuais, com frases curtas que circulam pelas redes sociais. Qualquer coisa é motivo para apagar o numero do celular, tomar um block, excluir do facebook.
Essa geração Z, vive tudo intensamente, com uma semana o cara diz que larga tudo pra ficar com você, e na outra outra você já nao significa nada pra ele.
No auge da “era da liquidez” (BAUMAN,2007), o ser humano se despersonaliza e adquire a condição de “coisa” a ser consumida, para em seguida ser descartado quando se enjoa dele e colocam outro no seu lugar – sem qualquer crise de consciencia.
Daí surge um processo rotativo de inclusão e exclusão nas relações afetivas. Ei, será que quando amamos, amamos a pessoa pelo que ela é, ou pelo que ela representa pra nós?
A “moralidade líquida” (BAUMAN,2007) inclui a ideia de que o outro só tem importância quando presta para satisfazer os nossos desejos egoístas. O egoísta é incapaz de amar, pq nao pode nem amar a si mesmo. Ele venera a máscara social que utiliza como instrumento de fuga de si mesmo, de sua própria pobreza existencial. Troca de parceiro como se troca de roupa e assim segue na lógica de descarte pessoal.
“DIGA ME QUAIS SÃO OS SEUS VALORES, E EU DIREI QUAL É A SUA IDENTIDADE” (BAUMAN, 2006,P125)